sexta-feira, 18 de novembro de 2011

O nascimento do filho do poeta.

Nesta manhã a grande mulher só comparável à Cornélia, aquela mãe dos irmãos Gracchus, desde a uma hora da madrugada já começara a sentir contrações. Só as 4.45 ela acordou o poeta que descansava tranqüilo. As dores vinham e iam cada vez em espaços menores de tempo. Feitas as ligações telefônicas de praxe, já aguardadas, tomaram banho, maletas já arrumadas, ele comeu inhame com ovo. Seguiram para a maternidade municipal e lá chegando fizeram sua ficha de internação. Tudo transcorreu normalmente. Na hora certa ele nasceu. Ele, o filho do poeta. Mas outras coisas chamaram a atenção do poeta: Uma jovem que chegou à maternidade com fortes dores..., dores de aborto! E fez o poeta ponderar sobre quantos desses acontecem diariamente pelos 4 cantos do mundo. Aqueles abortados naturalmente, aqueles abortados porque suas mães sofreram algum acidente, outras que apanharam do companheiro, outras porque usavam algum tipo de droga que causou mal ao feto, e outras tantas mais. O poeta sofreu suas dores. Retomou sua consciência e pensou o que precisaria fazer a partir de agora, o que gostaria de fazer agora, o que faria? Seqüencialmente, sem atropelos, o querer do poeta parece estranho..., mas é exatamente essa a ordem de seu querer: Dar uma bola em agradecimento ao grandioso Jah; tomar uma cerveja porque um grande sábio disse certa vez que isso seria muito bom para se ficar pensando melhor; e depois considerar bastante sobre o verbete RESPONSABILIDADE. O poeta então começou a agir a partir daquele momento sublime. Anaforicamente, o léxico todo se perdeu para o poeta e ele foi ter com o seu filho. O filho do poeta.

Mac, 18.11.2011.

3 comentários:

Maria Clara Ferreira Vidal disse...

És o filho do Poeta!
Quantas e quantas vidas vão ser perdidas antes de viver?

Anônimo disse...

Tanta coisa pra fazer nesse mundo e tu escolhe justamente ser 'poeta'.. kkk

Danado.

Fred Caju disse...

Saudações quem aqui posta e quem aqui visita.
É uma mensagem “ctrl V + ctrl C”, mas a causa é nobre.
Trata-se da divulgação de um serviço de prestação editorial independente e distribuição de e-books de poesia & afins. Para saber mais, visitem o sítio do projeto.

CASTANHA MECÂNICA - http://castanhamecanica.wordpress.com/

Que toda poesia seja livre!
Fred Caju